quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quem é você?


Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você

O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa num colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você

No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixa aqui e solta a minha mão
Eu fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer
Quem é você?
Quem é você?
Quem é você?
Você...

(Ana Carolina - Carvão)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dia após dia

Há coisas na vida que só se aprende vivendo, e outras observando a vivência alheia. Mas tudo isso depende. Por exemplo: há pessoas, como eu, que sabem que drogas não valem a pena apenas por observar outras pessoas que caíram nessa armadilha e se deram mal. Outras pessoas só conseguem entender isso vivendo.

Mas há aquele tipo de coisa que não adianta o aprendizado anterior e nem mesmo o sofrimento alheio, é independente da nossa maturidade ou força. O amor é o melhor exemplo. Porém, todos os aprendizados anteriores e a maturidade adquirida com o passar dos anos, serve para tentar ajudar nessa caminhada, apesar de nem sempre ser suficiente, porque o sentimento acaba mandando mais que qualquer outra coisa.

Às vezes o amor está ali, explícito. Você sabe que está amando e pronto. Não sei porque às vezes só se aprende quando se perde, ou quando achamos que vamos perder. "Agora, o que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer... Você só me ensinou a te querer e te querendo eu vou tentando te encontrar, vou me perdendo...".

É quando bate esse desespero, essa dor, insegurança, saudade... Que se percebe o quanto se ama. A dor maior que um amante pode sentir é quando o seu amor, dedicação e carinho não são suficientes para que os resquícios de um amor antigo da pessoa amada, consigam atrapalhar tudo; quando até mesmo os resquícios de sentimento que se encontravam em você, que demoraram tanto a serem superados, foram-se por apenas conseguir olhar para esse alguém, e esse alguém não consegue te olhar como suficiente.

Não é mais frustração ou ego. Lembrei-me de Desperate Housewives, em uma cena em que a Susan estava entre o amor de Ian e Mike, e acabou escolhendo o Ian por ser mais coerente, uma pessoa melhor, enfim... Mas quem ela amava realmente era o Mike. Então o Ian acabou deixando ela partir...
"He explains that he doesn't want her to be with him just because she feels obliged to honor her promise to marry him. Susan: "Ian, I love you." Ian: "I know you do. But you love him a little bit more, don't you? I can't live a life where every time I see you with a faraway look, I'll wonder if you're thinking of him." Susan: "I'm so sorry." Ian: "You deserve to be happy. So do I. Goodbye, Susan." And he just walks right on out of her house, off Wisteria Lane, out of Fairview, out of the Eagle State, and back to England."
Fonte: http://www.televisionwithoutpity.com/show/desperate_housewives/gossip_2.php?page=12

Foi uma cena triste, mas explica bem o que quero dizer. Mas a vida é assim mesmo... Não acredito em apenas um amor na vida... Só não consigo acreditar em se amar duas pessoas ao mesmo tempo com a mesma intensidade. E não se morre de amor, é algo superável.

I'm yours... But you're not mine. And this is killing me inside. What a recurring nightmare... Turn off the lights... I have to sleep now to try to have sweet dreams.

"Meu coração
Sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vi
Dentro do meu coração
"


"Eu tô na lanterna dos afogados... Eu tô te esperando... Vê se não vai demorar."

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Música do dia!

 Meu vício agora - Kid Abelha

Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão
Meu vício agora é a madrugada
Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada
Contra o fundo azul da televisão
Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar...é voar
Não vou mais verter
Lágrimas baratas sem nenhum porque
Não vou mais vender
Melôs manjadas de Karaokê
E mesmo assim fica interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante ficarei assim...
Desedificante
Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar... é voar

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Então vá se perder...

Odeio minhas crises emocionais. Fico frágil demais, tanto que qualquer coisa consegue me abater. Mas talvez não seja nem a tal coisa que acontecera, mas um misto de coisas complementando a fragilidade emocional natural.

"Crescer, sumir, partir, chegar, revirar e se descobrir... Se elaborar, se transformar, me diz como fugir do que levamos por dentro...". Às vezes sou covarde mesmo, quero montar meu próprio casulo em que nada me incomoda, apenas meus próprios pensamentos. Queria um dia ser essencial; o ápice da felicidade; a razão de muitas alegrias; o motivo de se minimizar tristezas; amada com eloquência; vista com possessividade imensurável.

Não estou sendo ingrata com a vida, apenas tenho minhas vontades, ou sonhos, se preferirem. Quem nunca quis ter segurança intransponível? Tá. Vou contar um segredo: sou louca. Tenho crises existenciais, momentos de sensibilidade exacerbada, assim como aqueles de humor elevado. Fazer o quê? Cada louco com suas manias.

Mas não sou de todo mal, acreditem. Ninguém é de todo mal. Acredito que todos possuem qualquer qualidade que seja. Ou benefício ao mundo. Aliás, vou além, já que creio que todos podem ser um benefício ao mundo. Possuem essa capacidade, alguns apenas escolhem não usá-la, por procurarem a facilidade ou por outro motivo qualquer.

Saudades da minha cadelinha... Quando estou com ela em meus braços, nada mais consegue me abater. Parece que me sinto protegida protegendo-a. O bom de se auto-ajudar a levantar é que você se torna independente. Mas não é nada, é só mais uma das minhas inúmeras e chatas crises emocionais. Acordei com a lua virada...