"Eu queria poder gritar pro mundo inteiro, pra ver se há alguma alma boa que possa acalentar esse nobre vagabundo. Eu falo coisas sem sentido. E não é para parecer intelectual ou fingir inlucidez, é porque não posso falar, é quase segredo de Estado. E todas as coisas secretas foram guardadas em uma certa caixa. Tento escondê-la, mas ela sempre reaparece, e de forma mais encantadora. Isso tudo ocorre porque, por irresponsabilidade do meu coração, perdi as chaves. Agora a caixa abre sempre que tem vontade. Mas só pra mim. E talvez seja o pior de tudo. Porque vira apenas esse pranto interno, perturbador, que me sufoca e tira minha sanidade. E os fingidos sorrisos servem de acompanhante para este delicioso vinho do porto! Embriagada e consternada. Barry White toca a sua última canção. Aquele maldito! Parece que o vinho acabou e a caixa continua ali, me olhando. Sinto medo. Toma meu corpo, bebe meus beijos, vira para o lado. Já passa das 4h e os devaneios estão à vontade, sentindo-se em casa. Uns folgados! Freud virou-se para mim e disse que isso tudo era culpa da falta de liberdade. Mandei-o tomar no cu. Ele me chamou de desbocada, vejam só! Era como um iô-iô, a maldita caixinha. Não conseguia jogá-la fora, até aparecer um amável cidadão que fez uma proposta irrecusável. Livraria-se dela e dedicaria sua vida a me amar. Beijaria minhas mãos, abraçaria-me como forma de proteção. Seria capaz de me fazer feliz. Mas levianas eram as propostas e ingênuo era meu coração. Agora tenho uma nova caixinha, e novamente nenhum chaveiro pode me ajudar."
Historinha que fiz no Twitter agora. Doidinha, hehehe. E aí vai the day's music:
To love somebody - Nina Simone.
Pay attention to the words... It's a beautiful song!
Kisses kisses kisses...